Tentativa de feminicídio termina em morte de agressor dentro de cela em Abaetetuba (PA)

Abaetetuba

A cidade de Abaetetuba, no nordeste do Pará, foi palco de um crime brutal que terminou de forma trágica poucos dias depois. Um homem acusado de tentar matar a própria mãe foi encontrado morto em uma cela do sistema prisional do município.

Publicado em 13/05/2025 às 13:03

Na última quarta-feira (7), Inaldo Martins Lopes, de 40 anos, foi preso em flagrante após tentar assassinar a própria mãe, Maria de Fátima Sousa Martins, de 72 anos, com golpes de terçado. O crime ocorreu no bairro da Angélica, em Abaetetuba, e chocou a população local pela brutalidade com que foi cometido.

Segundo informações da Polícia Militar, Inaldo foi encontrado nas proximidades de uma unidade policial em atitude suspeita. Visivelmente embriagado e assustado, chamou a atenção dos agentes, que o abordaram. Durante a ação, os policiais notaram que ele apresentava ferimentos nas mãos. O próprio suspeito limitou-se a dizer: “Fiz besteira”.

Testemunhas relataram à polícia que o agressor, usuário de drogas, teria ido até a casa da mãe pedir dinheiro. Diante da recusa, ele se descontrolou e desferiu diversos golpes com o terçado, principalmente no rosto da vítima. A violência foi tamanha que deixou o rosto da idosa desfigurado.

A vítima foi socorrida e permanece internada em estado grave no hospital local. Inaldo foi conduzido ao Centro de Recuperação Regional de Abaetetuba (CERRA), onde seria responsabilizado por tentativa de feminicídio.

No entanto, cinco dias após o crime, na tarde desta segunda-feira (12), o desfecho do caso ganhou um novo capítulo. Inaldo Martins Lopes foi encontrado morto dentro da cela onde estava custodiado. As primeiras informações apontam para um possível suicídio, mas as circunstâncias da morte ainda estão sendo investigadas pelas autoridades.

O caso segue sob apuração da Polícia Civil, tanto em relação à tentativa de feminicídio quanto à morte de Inaldo sob custódia. A família da vítima, que ainda luta pela recuperação da idosa, agora enfrenta também o impacto da morte do agressor.

A tragédia expõe, mais uma vez, a complexidade das relações familiares marcadas por violência e agravadas pelo uso de substâncias psicoativas, além de levantar questões sobre a vulnerabilidade de detentos no sistema prisional paraense.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *