Em uma escalada sem precedentes, a Rússia lançou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra. O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu com críticas duras a Putin e cobrou ação internacional.
Publicado em 26/05/2025 às 15:27

Ataques aéreos russos deixaram 14 mortos e mais de 70 feridos na Ucrânia. Reação internacional cresce, com Donald Trump criticando Putin e cobrando ação firme dos EUA.
A guerra entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo e preocupante patamar neste fim de semana. Em uma única noite, Moscou lançou 367 drones e mísseis, no que foi o maior ataque aéreo desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Ao menos 14 pessoas morreram, incluindo três crianças e mais de 70 ficaram feridas em diferentes regiões da Ucrânia.
A capital Kiev e outras 13 regiões foram duramente atingidas. Mais de 80 edifícios residenciais foram danificados, e 27 incêndios foram registrados. O ataque aconteceu durante o feriado do Dia de Kiev, o que gerou ainda mais comoção entre a população.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a ofensiva russa foi uma demonstração de crueldade sem limites.
Zelensky também voltou a cobrar ações mais duras por parte dos Estados Unidos e da comunidade internacional, afirmando que o “silêncio da América encoraja Putin”.
Trump critica Putin: “Está completamente louco”
Em resposta ao ataque, o presidente americano Donald Trump fez críticas inéditas a Putin. Em sua rede social, Trump declarou:
“Sempre tive um ótimo relacionamento com Putin, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente LOUCO! Está matando muita gente sem necessidade. E não estou falando só de soldados”.
Trump, que vinha mantendo uma postura mais neutra no conflito, afirmou a jornalistas que “não está satisfeito” com as ações de Putin e que avalia a possibilidade de novas sanções contra a Rússia.
Apesar das críticas a Moscou, Trump também apontou falhas na postura de Zelensky:
“Zelensky não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar do jeito que fala. Tudo o que sai da boca dele causa problemas. É melhor ele parar”.
Rússia responde críticas e agradece mediação
O governo russo respondeu às falas de Trump com cautela. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as declarações podem ter sido motivadas por “sobrecarga emocional”, mas ele agradeceu a Trump pela tentativa de mediar um cessar-fogo.
“Somos gratos ao presidente Trump por sua ajuda na organização das negociações. Mas este é um momento crítico e emocional para todos os envolvidos”, afirmou.
Apesar da escalada da violência, as negociações para um cessar-fogo de 30 dias seguem nos bastidores. Nos últimos três dias, Rússia e Ucrânia realizaram a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, com mais de 1.000 soldados e civis devolvidos às suas nações.
Cenário cada vez mais instável
O ataque do fim de semana mostra uma Rússia cada vez mais agressiva e tecnologicamente preparada. Os novos drones Shahed, mais potentes e difíceis de detectar, têm sido usados com frequência e causam impactos devastadores.
A guerra já dura mais de dois anos e Moscou controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014.
Com a intensificação dos ataques e a retórica crescente dos líderes internacionais, o mundo observa com preocupação o rumo do conflito, que parece longe de uma resolução.